SALINAS RECEBE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA E DEVE AMPLIAR PRODUÇÃO

Motivados pela Indicação Geográfica (IG) que o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) vai conceder aos produtores de cachaça da região de Salinas, no Vale do Jequitinhonha, os alambiques investirão R$ 1 milhão para elevar a produção em 40% nos próximos dois anos. O objetivo é ganhar o mercado internacional, que ainda tem participação irrisória (2%) nos negócios da tradicional terra da cachaça em Minas Gerais.

As informações são do presidente da Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (APACS), Nivaldo Gonçalves das Neves. De acordo com ele, o reconhecimento de procedência realizado pelo INPI será convertido em um selo que será colocado nos rótulos das cachaças.

As marcas que pretendem receber a IG devem pleitear o reconhecimento ao INPI e se submeter a critérios pré-estabelecidos. A divulgação da relação de cachaças que receberão o reconhecimento deve ocorrer no início de 2013. “Isso protege o consumidor de produtos piratas e de empresas que compram cachaça de outros lugares e rotulam como de Salinas.

Para os produtores é uma chance de ganhar o mercado externo”, disse. Segundo ele, há negociações para levar o típico produto de Salinas para a França, China e Estados Unidos. Recentemente os Estados Unidos reconheceram a cachaça como um produto original do Brasil.

A maior parte do investimento de R$ 1 milhão será alocado nos canaviais para aumentar a produção em 2 milhões de litros anuais. Cada novo hectare exige aporte de R$ 4 mil. Hoje a produção é estimada em 5 milhões de litros por ano. Este ano, porém, a forte seca acarretou na queda de 30% na litragem.

Fonte: Hoje em Dia (R7).  Matéria assinada por Bruno Porto e publicada em 08/08/2012

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