Indicação geográfica ajuda a fidelizar consumidores

Produtores apostam em nichos de mercado para agregar valor à produção.  Identidade regional dos produtos é um dos diferenciais


Indicação geográfica ajuda a fidelizar consumidores  Fernando Gomes/Agencia RBS
Regiões apostam em selo de indicação geográfica (IG) para conquistar e fidelizar consumidores do mercado local Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS

Conquistar mais espaço na mesa dos brasileiros é desafio constante das vinícolas gaúchas. O Rio Grande do Sul, principal produtor de vinhos do país, ainda consome predominantemente bebida importada do Chile. Pensando em fortalecer a imagem dos vinhos nacionais, algumas regiões têm apostado na Indicação Geográfica (IG) – espécie de selo que valoriza a identidade regional dos produtos locais.

– A IG é uma agregação de renome, uma forma de o produto ser lembrado e reconhecido pelo consumidor – explica o pesquisador Jorge Tonietto, da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves.

Há dois tipos de Indicação Geográfica: a Indicação de Procedência (IP) e a Denominação de Origem (DO), um pouco mais restritiva. O Vale dos Vinhedos é a única região do Brasil com DO para vinhos. A Campanha é a primeira de fora da serra gaúcha que terá IP para vinhos finos e espumantes. Já têm o selo outras quatro regiões: Pinto Bandeira, Altos Montes, Monte Belo e Farroupilha.

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Acordo entre Sebrae e CNPq prevê R$ 134 milhões para pesquisa de alto impacto

Imagem: Agência ABIPTI

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) formalizaram um acordo de cooperação para conceder 4.673 bolsas a empresas de pequeno porte. A parceria contará com aporte de R$ 134 milhões a pesquisas de alto impacto, podendo vir a beneficiar 73,2 mil empreendimentos. Também se espera que sejam produzidos 3.660 artigos sobre os projetos desenvolvidos.

Esse é o terceiro acordo destinado à concessão de bolsas a Agentes Locais de Inovação (ALI) para acompanhamento de projetos inovadores nos pequenos negócios, desde o primeiro firmado em 2010. A iniciativa ajuda as micro e pequenas empresas (MPEs) a implantar novas práticas, com o objetivo de torná-las mais competitivas.

De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, o ponto principal do acordo é viabilizar um novo formato para o programa ALI, tendo como foco a implementação da gestão da inovação nos pequenos negócios com potencial inovador e de alto impacto.

Ao longo dos sete anos da parceria Sebrae-CNPq, já foram concedidas cerca de 6.850 bolsas para acompanhamento de mais de 120 mil pequenas empresas. Também foram elaborados 2,8 mil artigos pelos agentes, o que proporcionou o compartilhamento do conhecimento no âmbito do projeto.

Conforma a avaliação de Domingos, o projeto se firma como importante ator no estímulo da inovação tecnológica e diferencial competitivo para as empresas de pequeno porte. “Hoje, mais de 30% do orçamento do Sebrae são destinados à inovação”, afirma Afif, ao explicar que a instituição é a que mais investe em inovação tecnológica para os pequenos negócios no país.


Fonte: Agência ABIPTI, com informações da Agência Sebrae de Notícias

Encontro interministerial discutirá políticas públicas na área de TICs

Imagem: Agência ABIPTI

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) promove, nesta terça-feira (30), a partir das 9h, em Brasília (DF), a terceira edição do “Encontro Interministerial Diálogos sobre Políticas Públicas e Indicadores de TIC no Brasil”. No encontro, será discutido as políticas desenvolvidas pelo governo federal na área das tecnologias da informação e comunicação (TICs).

Ao longo do dia, autoridades e especialistas brasileiros e estrangeiros do setor vão dialogar sobre os benefícios da digitalização para o desenvolvimento social e econômico, as perspectivas e indicadores de TICs no país, políticas de fomento à adoção das TICs na saúde, entre outros temas.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, fará a abertura do evento, no auditório do antigo prédio do Ministério das Comunicações. O secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, também participará do encontro.


Fonte: Agência ABIPTI, com informações do MCTIC

Abertas inscrições para o Seminário de Inovação em Santa Catarina

Estão abertas as inscrições para o 3º Seminário Catarinense de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs). O evento será realizado de 5 a 7 de junho, no Centro de Inovação da cidade de Lages, em Santa Catarina. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 2 de junho.

O evento tem por objetivo promover o fortalecimento dos NITs, além de ampliar o debate entre Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), governo, empresas e sociedade civil. Também será discutida o planejamento de ações conjuntas e a formação de uma rede de NITs que apoie ações para inovação em todo o estado.

O seminário é promovido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, com apoio do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e demais entidades estaduais.

As inscrições podem ser feitas neste link.


Fonte: Agência ABIPTI, com informações do INPI e do Governo de Santa Catarina

Fapesp lança edital de R$ 120 milhões para apoiar institutos de pesquisa

Foto: Divulgação IPT
Foto: Divulgação IPT

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) lançou nesta quinta-feira (25) um edital no valor de R$ 120 milhões voltado à modernização dos institutos estaduais de pesquisa. O objetivo é ampliar a capacidade científica e tecnológica dos institutos de pesquisa do estado de São Paulo, de forma a poderem atender melhor às demandas da sociedade. Os interessados devem se inscrever até 31 de julho.

As propostas para o edital deverão ser apresentadas pelo diretor do instituto de pesquisa, com aprovação formal por seu colegiado superior. Cada instituto poderá apresentar um projeto na forma de um Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa (PDIP). O documento deve definir as áreas estratégicas de atuação do instituto de pesquisa, de forma que estejam alinhadas com a missão institucional, com as políticas públicas do estado de São Paulo.

Cada proposta poderá solicitar até R$ 20 milhões. Os recursos serão destinados exclusivamente para apoiar atividades de pesquisa nas modalidades de: Infraestrutura Institucional de Pesquisa; Bolsas no País e no Exterior; Auxílio à Pesquisa Jovens Pesquisadores; Auxílio Pesquisador Visitante; Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE); e Programa de Pesquisa em Políticas Públicas.

As propostas serão apoiadas por até 36 meses. A seleção dos PDIPs será feita com base em pareceres de assessores especializados nas áreas de atuação das entidades listadas no edital ou com experiência na direção de institutos de pesquisa orientados à missão. A divulgação dos resultados está prevista para 30 de outubro.

“O edital vai muito além do que fazemos rotineiramente. Ele expressa uma preocupação adicional com a estratégia de pesquisa de médio e longo prazo dos institutos e a capacidade de cumprir as missões específicas para as quais foram criados. Não se trata de um projeto específico, mas de um Plano Institucional de Pesquisa para melhorar esses institutos”, disse José Goldemberg, presidente da Fapesp.

Para mais informações, acesse o edital aqui.


Fonte: Agência ABIPTI, com informações da Fapesp

Novo regime de patentes europeu ignora PME portuguesas

Portugal assinou um cheque em branco ao aderir, sem condições, à patente única europeia. O novo sistema está desenhado para as grandes empresas e pode entrar em vigor já este ano.


O sistema de efeito unitário vai mudar por completo as regras do jogo. A patente única passa a vigorar, em simultâneo, em 25 estados da União Europeia, pois, para já, Espanha, Polónia e Croácia optam por ficar de fora. “Com este novo sistema, as cerca de 90 mil patentes concedidas anualmente pelo Instituto Europeu de Patentes, se tiverem efeito unitário, estão validadas em Portugal sem qualquer custo adicional”, explica ao Jornal Económico, Gonçalo de Sampaio, presidente do grupo português que integra a associação internacional de propriedade industrial AIPPI.

Semelhante “inundação de exclusivos e monopólios vai fechar o mercado com graves consequências para as nossas pequenas e médias empresas”, justifica.

A alteração do sistema está, neste momento, tão só dependente da assinatura do Reino Unido, país com um tecido empresarial poderoso, ao qual, apesar da sua saída da UE, interessa o novo figurino.

O Instituto Europeu de Patentes, sediado em Munique, é o guardião de um sistema, que compreende 38 países, entre os quais os 28 estados-membros da União Europeia e países como a Noruega e a Turquia. Uma empresa que queira proteger a sua invenção apresenta aí o seu pedido, escolhendo os países onde o quer fazer. A proteção paga-se. Por isso, muitas empresas optam por proteger-se em alguns mercados e noutros não. As portuguesas, por norma, defendem-se, primeiro, em Portugal, depois em Espanha, num terceiro momento em França… por aí fora. Nem mesmo as grandes multinacionais pagam para estarem protegidas em todos os 38 mercados. O que o sistema faz é alargar a base geográfica de proteção.

Num espaço como a União Europeia onde existe liberdade de circulação de pessoas, bens e capitais e uma moeda comum, faz sentido, pelo menos do ponto de vista concetual, a existência de uma única patente. O problema é, conforme salienta Gonçalo de Sampaio, a arquitetura do sistema. Está desenhado para proteger as grandes empresas europeias e as multinacionais, que pedem muitas patentes e não salvaguarda minimamente o interesse do tecido empresarial português que tem uma dimensão mínima. “É um bom sistema para gigantes e um mau sistema para formigas e no campeonato das patentes, Portugal é, apesar do bom caminho que tem vindo a ser feito, infelizmente, ainda uma formiga”, salienta.

No geral, Portugal é pouco interessante para os grandes players da inovação. Das cerca de 90 mil patentes atribuídas pelo Instituto Europeu de Patentes, em 2016, apenas 4.500 estão protegidas no nosso país. Isto é, apenas 5% do total. Tome-se um exemplo: uma PME de Santo Tirso de componentes de torneiras. Ao participar numa feira do setor em França encontra uma torneira que separa melhor à água do que a sua. Fica interessada. Fala com detentor da tecnologia, que é alemão. E das duas uma: a patente da empresa alemã está protegida em Portugal; a patente não está protegida. Se estiver protegida, o português terá de negociar com o alemão e tentar um acordo. Mas se não estiver, o português poderá usá-la sem estar a infringir nada. Com o novo sistema, a patente do alemão estará automaticamente protegida em Portugal sem que este tenha tido necessidade de pagar nada. Aí, o português teria que negociar sempre. Sem hipótese.

O reverso da medalha também existe. Naturalmente. A patente única europeia garante proteção às patentes portuguesas nos 25 estados-membros, que irão integrar o sistema que até agora teriam de  pagar para que isso acontecesse. Mas são ainda poucas: 153 em 2016.

Outra das novidades do novo sistema de efeito unitário é a criação de um tribunal unificado, que julgará os conflitos que vierem a existir. No exemplo anterior, caso quisesse processar a empresa de torneiras de Santo Tirso, a empresa alemã detentora da patente teria de recorrer a um tribunal português. As custas judiciais referentes a uma ação de infração de patente são atualmente de 612 euros. Este seria igualmente o montante a pagar se a empresa portuguesa fosse a jogo atacar a validade da patente da empresa alemã. Com o novo sistema, os custos crescem exponencialmente. As custas disparam para 11 mil euros numa ação de infração e a acção de anulação para 20 mil. Contas feitas, só na primeira instância, serão agora 31 mil euros de despesas. Fora advogados e fora deslocações até ao dito Tribunal europeu.

3 países fora do sistema

No sistema de efeito unitário, pode dizer-se que Portugal foi mais papista do que o Papa. Esteve na linha da frente dos países que o ratificaram inicialmente. Espanha, pelo contrário, bateu com a porta, recusando integrar um sistema que usa três línguas – inglês, francês e  alemão -, mas exclui a sua. Optou por ficar fora do sistema, o que lhe permite, usá-lo, mas não carregar o ónus de expor de imediato o seu mercado a 90 mil patentes europeias por ano. A Polónia também já anunciou a sua intenção de ficar de fora. E a Croácia está igualmente reticente em submeter-se à norma.

Para entrar em vigor, o novo sistema tem de ser ratificado obrigatoriamente pela França, Alemanha e Reino Unido. David Cameron, o primeiro-ministro britânico que levou o país ao referendo que ditou o Brexit, hesitou, mas acredita-se que a sua sucessora, Theresa May, o faça em breve, dado que o sistema é agora ainda mais favorável às empresas britânicas.
Portugal ratificou a adesão a este sistema em 2015 com os votos a favor da então maioria parlamentar – PSD e CDS -, abstenção do PS e votos contra do PCP, partido os Verdes e Bloco de Esquerda.

Gonçalo de Sampaio, advogado, Agente Oficial da Propriedade Industrial, sócio da J. E. Dias Costa e secretário geral da Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Intelectual (ACPI) entre 2000 e 2015, expressou preocupação e bateu-se na defesa dos interesses das empresas portuguesas, que maioritariamente – 98% – são de pequena e média dimensão. Outros responsáveis das associações empresariais, designadamente da CIP, também alertaram para os perigos do sistema.
“O Brexit trouxe-nos uma oportunidade. Quero acreditar que haja, pelo menos, vontade política para nos batermos em Bruxelas por uma moratória, que permita às empresas portuguesas mais algum tempo para se adaptarem ao que aí vem e que não tem qualquer mecanismo que as salvaguarde ”, diz Gonçalo Sampaio, que atualmente preside ao grupo português que integra a associação internacional de propriedade industrial AIPPI, uma think thank que reúne responsáveis de uma centena de países e se debruça sobre a temática da propriedade industrial.

Há 20 anos, quando o novo sistema começou  a ser pensado, Portugal estava ainda fora da rota da inovação, distante da dinâmica das startups e do caudal de ideias e acção que se está a gerar nas universidades e centros de pesquisa nacionais.
Gonçalo Sampaio, que evidencia o caminho que Portugal tem vindo a percorrer nos últimos anos e dos ganhos de competitividade por via da inovação, receia que a entrada abrupta do novo sistema seja uma forte machadada nesta dinâmica. “Que hipóteses tem uma empresa que encontre um escolho no seu caminho de recorrer para um futuro tribunal europeu, pagando 31 mil euros só na primeira instância?” Sim, que startup se poderia permitir um luxo assim?!


Fonte: JE – O Jornal Econômico / Por: 

Suprema Corte americana “corta as asas” das patent trolls

A Suprema Corte dos EUA decidiu por unanimidade, na segunda-feira (22/5), que as empresas acusadas de violação de patentes, notadamente as da área de tecnologia, só podem ser processadas nos estados onde foram incorporadas. A decisão também vale para quaisquer outros demandados frequentes, como desenvolvedores de aplicativos.

Isso significa que acabou a festa das patent trolls, empresas que não produzem nada, mas que compram patentes em quantidades com o objetivo de cobrar royalties ou, mais provavelmente, processar quem as viole por danos, de acordo com o site Inc. e o jornal The Washington Post.

Até agora, as autoras das ações podiam escolher o tribunal em qualquer cidade em que tenham negócios. Isso levava as patent trolls a escolher “tribunais amigáveis”, em alguns rincões dos EUA, que eram bem conhecidos por serem simpáticos a elas e lhes concediam indenizações milionárias, se as ações fossem julgadas.

Essa busca pelos melhores fóruns no país para mover ações de patentes foi apelidada de forum shopping, por se assemelhar a uma pesquisa de preços.

No entanto, a maioria das ações jamais ia a julgamento. As empresas aprenderam que saía muito mais barato fazer um acordo com as patent trolls — e lhes fazer um pagamento generoso — do que levar um caso à frente. Para desenvolvedores de apps, start-ups e pequenas empresas, uma ação como essa poderia significar o fim dos negócios — antes mesmo que conseguissem fazer sucesso.

Dessa forma, as ações movidas pelas patent trolls não precisavam ser, necessariamente, bem fundamentadas, para melhorar as chances de uma vitória nos tribunais. Muitas vezes, uma ação frívola fazia o serviço, porque o acordo era a maior probabilidade. Se a demandada decidisse se defender na Justiça, a patent troll podia tornar o contencioso tão doloroso que acabaria por render um acordo no final das contas.

Durante anos, as patent trolls aterrorizaram as empresas de tecnologia e os demais “suspeitos” de costume. Foi um filão que as patent trolls exploraram em tribunais federais como o do Distrito Leste do Texas, em Marshall, uma pequena cidade na zona rural, com cerca de 25 mil habitantes.

Em Marshall, apenas o juiz Rodney Gilstrap julgou cerca de um quarto de todas as ações de violação de patentes que foram movidas nos EUA, de 2014 a 2016. Foram mais ações do que as que julgadas por todos os juízes federais na Califórnia, em Nova York e na Flórida juntos, no período.

A Samsung foi processada tantas vezes em Marshall que desenvolveu um interesse especial pela cidade rural e seus 25 mil habitantes. A empresa patrocinou diversos festivais de feriados e construiu uma pista de patinação no gelo em frente ao tribunal em que se defendia em processos de violação de patentes, de acordo com o Wall Street Journal.

Agora Marshall vai voltar a sua vida sonolenta de pequena cidade de interior de antes da corrida das ações de patentes, que movimentou a vida e a economia local. E cerca de uma dezena de “tribunais amigáveis” serão substituídos, no julgamento dessas ações, por “tribunais neutros”. Assim, se uma troll quiser processar a Apple, agora terá de fazê-lo na Califórnia.

Curiosamente, a ação julgada pela Suprema Corte não foi movida por uma patent troll. Foi movida contra uma empresa de alimentação por outra empresa de alimentação (TC Heartland v. Kraft Foods), por causa de um pacote de condimentos que se coloca em uma garrafa de água para lhe dar cor e sabor diferentes.

A Kraft Foods, autora da ação, é de Indiana. Mas moveu a ação em Delaware, em um tribunal que é conhecido por ser “amigável” às patent trolls. O tribunal de Indiana seria “neutro”. Assim, a disputa se concentrou na questão da jurisdição em que uma suposta violadora de patente deve ser processada.

Segundo a decisão, a lei de patentes diz que qualquer ação civil por violação de patente pode ser movida no distrito judicial em que a demandada reside ou onde a demandada cometeu atos de violação e tem um estabelecimento de negócios regulares.

“Esta corte concluiu que, para os propósitos da lei, uma corporação doméstica ‘reside’ apenas em seu estado de incorporação, rejeitando o argumento de que a lei incorpora a mais ampla definição de ‘residência’ corporativa”, diz a decisão.

Com isso, a corte anulou decisão anterior de um tribunal de recursos que foi favorável à Kraft Foods, no que se refere à jurisdição.


Fonte: ConJur – Consultor Jurídico / Por: João Ozorio de Melo

Suprema Corte dos EUA aperta regras sobre processos de violação de patentes

WASHINGTON – A Suprema Corte dos Estados Unidos reforçou nesta segunda-feira normas que regulam onde processos de violação de patentes podem ser encaminhados, em uma decisão que pode dificultar a abertura de processos por gigantes de tecnologia como Apple e Alphabet.

Em uma decisão que vai contra a legislação de 27 anos que regula casos de infração de patentes, os juízes decidiram favoravelmente à companhia de sabores de bebidas TC Heartland, que trava batalha jurídica com a companhia de alimentos e bebidas Kraft Heinz.

Os juízes decidiram por 8 a 0 que processos de violação de patentes somente podem ser encaminhados em tribunais localizados na jurisdição onde a companhia alvo do processo está baseada.

Empresas de tecnologia têm defendido a necessidade de legislação para se conter processos de patentes, incluindo limites de instâncias onde eles podem ser abertos.

Ao longo dos anos, companhias como a Apple, Google, Samsung Electronics e Microsoft foram alvos frequentes de processos de violação de patente.

Limitar processos judiciais de patentes à localidade onde uma empresa acusada está baseada potencialmente tornará mais difícil a obtenção de acordos lucrativos com as empresas alvos destas ações e mais fácil para os casos serem rejeitados.


Fonte: DCI – Diário, Comércio, Indústria & Serviços / Por: Andrew Chung

Norma mostra como contabilizar softwares, direitos autorais, propriedade intelectual, marcas e patentes

Minuta do documento do CFC aceita sugestões e comentários até junho


Como registrar ativos intangíveis, como softwares e patentes, nas demonstrações contábeis das entidades públicas? Para resolver essa questão e adequar a norma contábil aos padrões internacionais, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) instituiu um grupo que trabalha na convergência das normas brasileiras de contabilidade às regras internacionais do setor, conhecidas como IPSAS.

Entre os assuntos do grupo está a Norma Brasileira de Contabilidade aplicada ao setor público NBC TSP 08, que trata dos ativos intangíveis. O dispositivo trata do reconhecimento, mensuração e evidenciação de itens como softwares, direitos autorais, patentes, marcas, sistemas de licenças, propriedade intelectual e mesmo itens do patrimônio cultural intangível. Segundo o relator da regra no Grupo Assessor de Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (GA-NBCASP), Flávio Rocha, ativo intangível é um bem não monetário, identificável e sem forma física. Um ativo é identificável se puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, ou ainda se resultar de compromissos obrigatórios.

“É bom lembrar que um ativo intangível só deve ser reconhecido se for provável que os benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços a ele atribuíveis serão gerados em favor da entidade, e seu custo ou valor justo possam ser mensurados confiavelmente”, explica o relator. De acordo com ele, os ativos intangíveis mais encontrados nas demonstrações contábeis são os softwares, que têm registro a partir de seu custo de aquisição ou desenvolvimento.

“Quando incorporados ao patrimônio em uma transação sem contraprestação, os softwares devem ser reconhecidos pelo seu valor justo na data da aquisição”, orienta Rocha. Já os gastos incorridos com marcas, títulos de publicações, listas de usuários de um serviço e outros itens de natureza similar não podem ser separados dos custos relacionados ao desenvolvimento do negócio como um todo. Dessa forma, esses itens não são reconhecidos como ativos intangíveis.

Nos casos em que os gastos não se qualificam para o reconhecimento de intangível, eles devem ser contabilizados como despesas no período em que ocorrerem. “A NBC TSP 08 desperta no setor público a necessidade de reconhecer, mensurar e divulgar elementos patrimoniais que não tenham substância física. Valores relevantes são investidos a cada exercício financeiro em itens intangíveis que não eram reconhecidos nas demonstrações contábeis”, analisa o relator.

Com a publicação da NBC TSP 08, complementa Rocha, o profissional contábil vai ter uma norma para subsidiar seu trabalho no que tange ao correto reconhecimento e evidenciação do patrimônio público, ainda que esse patrimônio não tenha substância física.

Assim como as outras quatro normas aplicadas ao setor público em processo de convergência, a minuta da NBC TSP 08 está disponível no site do CFC para consulta (acesse AQUI) e permanece aberta a contribuições até 9 de junho.

Sugestões e comentários podem ser enviados pelo endereço eletrônico: ap.nbc@cfc.org.br.


Fonte: Contábeis – O Portal da Profissão Contábil e Conselho Federal de Contabilidade – CFC

INPI participa de reunião da Anpei em São Paulo

Foto: INPI

O presidente do INPI, Luiz Otávio Pimentel, participou da abertura da reunião do Comitê de Propriedade Intelectual da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), no dia 25 de maio, em São Paulo, que contou com o vice-presidente da entidade, Luiz Mello. Pelo INPI, também estiveram presentes o diretor de Patentes, Júlio César Moreira, o coordenador de Relações Institucionais do INPI/SP, Mauro Catharino, e o pesquisador de patentes Diego Musskopf.

O objetivo do INPI foi apresentar os avanços do Instituto, que contam com apoio do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), bem como do Governo Federal. Neste contexto, também foram apresentados os exames prioritários de patentes, como o que está voltado para instituições de C&T, e o Patent Prosecution Highway (PPH), além dos desafios atuais.

O presidente do INPI destacou, no evento, que os indicadores do Instituto apresentam resultados muito positivos nos últimos meses, mas é preciso aprofundar as mudanças para melhorar a gestão e sanar o problema do backlog. Pimentel ressaltou ainda o alto nível dos servidores e a necessidade de um novo plano de carreiras para o INPI.

O presidente também destacou o apoio do ministro Marcos Pereira, da Secretaria Executiva e da Secretaria de Inovação e Novos Negócios do MDIC, além da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre outras entidades.

A Anpei é constituída por líderes de empresas que investem continuamente em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I), além de universidades, institutos de pesquisa públicos e privados, federações de indústrias e órgãos de governo. Em conjunto, os associados da Anpei possuem faturamento de R$ 720 bilhões e concentram cerca de 60% do investimento privado em P,D&I.

Reunião com a Finep

Nesta quarta-feira, dia 24, Luiz Otávio Pimentel e Mauro Catharino, se reuniram com Oswaldo Massambani, superintendente da Finep em São Paulo, Márcio Ikegami e Rafael Figueiredo, também da Finep. Na reunião, Pimentel reafirmou a necessidade de incluir nos projetos de financiamento, como requisito, a análise do estado da técnica, com base em documentos de patentes, para subsidiar as decisões da Finep sobre quais projetos de P,D&I podem ser financiados.


Fonte: INPI